quinta-feira, 30 de agosto de 2012

COMO CARREGAR CAFÉ QUENTE -Retendo o depósito fresco de Deus



Você já experimentou algo que era tão maravilhoso, extra­ordinário e delicioso que você queria que nunca acabas­se? Esses raros momentos vêm e vão por toda a nossa vida: o primeiro mergulho adolescente na euforia de amar um filhote de cachorro, o encantamento e animação de uma lua-de-mel com seu companheiro e parceiro de vida; o primeiro momento em que você olhou nos lindos olhos de seu primeiro filho.
Quando Deus anda no meio de nosso culto de adoração, reunião de oração ou tempo devocional pessoal e revela um vislumbre de sua glória, Ele está criando novos momentos que nós nunca queremos que acabem. Como você retém algo tão maravilhoso e tão fugaz? Recentemente, desvendei uma outra peça do quebra-cabeça da presença dele. De novo, isso veio através das professoras com quem eu aprendo tanto — minhas filhas. Desta vez, foi a caçula.
Eu queria um pouco de café e me levantei para me servir de uma xícara. Então, minha filha de oito anos de idade foi até o balcão e disse:
— Deixe que eu sirva, papai. Deixe que eu sirva.
— Não, querida, isso é café quente. Ele pode queimá-la, disse-lhe.
Ela aceitou o aviso com relutância, mas enquanto eu ainda estava colocando o café na xícara, ela apresentou a sua próxi­ma idéia:
— Bom, deixe que eu o carregue para você!
Eu sabia que ela não desistiria tão fácil, então disse:
— Tá bom.
Eu fiz questão de não encher a xícara como de costume. Ela não notou a diferença.
Você já viu uma criança de oito anos carregar uma xíca­ra de café quente pela primeira vez? Então, você provavel­mente sabe que testemunhou uma das poucas vezes em que um pacote de energia mal controlada e de curiosidade dimi­nuiu a velocidade para menos de cento e trinta quilômetros por hora (o que só acontece quando estão exaustas e com sono).
Os bebedores de café experientes (especialmente os cria­dos na Louisiana) podem segurar a alça de uma xícara de café cheia com um só dedo, ao mesmo tempo em que carregam o lixo, pisam no cachorro, falam ao telefone, lecionam, martelam pregos, trocam fraldas, ou vão na ponta dos pés buscar a cor­respondência na caixa do correio depois de um aguaceiro, sem perder uma gota do café.
É um pouco diferente da primeira vez, mesmo na Louisiana.
Da primeira vez que você tenta car­regar uma xícara de café quente, você sabe que não deve se apressar como se as suas calças estivessem pegando fogo (o que é a velocidade comum de uma criança de oito anos). O primeiro passo é a parte mais difícil da jornada. Qual­quer movimento brusco, solavanco ou sacudida podem mandar aquela bebida quente por sobre a borda da xícara e em sua pele exposta. Mesmo após o primeiro passo, você arrasta os pés dan­do passos pequenos e hesitantes. Você olha rapidamente e sem parar para bai­xo e para cima dos vapores contidos na xícara para se certificar que nenhum obstáculo ou problema imprevisto a sua frente possa fazê-lo espirrar o seu de­pósito quente de lava.
Como você carrega o recente encon­tro com Deus em seu vaso interior? Como o corpo de uma igreja guarda o depósito divino de uma experiência de adoração até a próxima? Como você "o leva para casa" na vida real?
Caminhe com cuidado e tenha consciência de cada mo­mento com Ele em seu coração. Caso você esteja dirigindo um carro, pregando um sermão ou dando banho em um bebê, se você senti-lo bater de leve em seu ombro, então "guarde a carta" e vire-se para olhar na face dele. Quando Deus invade o seu espaço vazio de fome, vire-se para encon­trar-se com Ele em seu espírito. Responda as suas intimações gentis como o jovem chamado Samuel fez; ele hesitantemente clamou na escuridão do aposento vazio: "Fala, pois o teu servo está ouvindo".
Da primeira vez a tendência dele é vir de súbito. Depois disso, você pode encontrá-lo inesperadamente ao persegui-lo e buscar a sua face ardentemente. Prepare um lugar de sede, desejo, adoração e louvor para Ele, e o convide para ficar ao seu lado e morar com você. "O que tu queres, Senhor? Como podemos bendizê-lo e hospedá-lo hoje à noite?"
É assim que você corre seus dedos pelas pregas do véu entre os reinos natural e espiritual. Subitamente o seu es­pírito encontra uma janela, uma fenda que leva para além dos limites do tempo, espaço e da eternidade. A doce fra­grância da divina presença do Pai paira como se Ele se apro­ximasse para beber da fragrância de seu sacrifício de lou­vor. "És tu, Senhor! Sabíamos que tu virias de novo."
Deixe que eles fiquem tão sedentos pela presença de Deus que nada mais importa
Você está falando sério sobre uma habitação permanente da glória de Deus? Acredita seriamente que pode literalmente mudar o ambiente de sua casa, de seu local de trabalho ou comunidade? Se a presença de Deus estiver envolvida, então eu acredito nisso também. Você sinceramente espera levar os perdidos e sedentos de sua família e comunidade para Jesus Cristo? Isso não acontecerá se você tentar fazê-lo enfiando a doutrina em suas goelas abaixo. Por outro lado, se você puder deixá-los tão sedentos pela presença de Deus que nada mais importe, então vou acreditar nisso também.
Se você tiver experimentado um encontro recente com Deus e recebido sinais frescos de sua presença, então deve cami­nhar com cuidado. Você se lembra quando sentiu que Ele esta­va tão próximo, mas a sua "distração" fez com que você trope­çasse nos próprios pés de barro e derramasse algo? O momento havia se perdido, a fumaça dissipou e logo tudo tinha acabado.
Ame seus amigos, abrace seus filhos, saia para comer, ria e converse, mas lembre-se de que Deus depositou algo sobre­natural em sua vida. Caminhe com cuidado para que você não "derrame" nada. Se puder voltar a sua reunião de oração ou devocional particular sem derramar nada do que está depositado em seu coração, então você não vai ter de co­meçar tudo de novo. Você pode passar deste depósito de glória para o próxi­mo nível de Deus, movendo com "gló­ria cada vez maior". A meta é aumen­tar a sua capacidade de carregar a presença dele e a sua luz no reino das trevas.
Se você estiver conversando com seus amigos e, subitamente, sentir uma onda da presença dele mover-se suavemente sobre você, simplesmente pare de conversar e veja o que Ele quer. Eu paro de pregar quando sinto uma onda da presença dele, não im­porta quantas pessoas estejam me assistindo. Este é o momento da oração silenciosa: "Tu queres algo? Deus, Tu estás no coman­do".
Aprenda a carregar a presença dele para que você possa se tornar um carregador contagiante. O rei Davi descobriu que a glória de Deus (representada pela antiga arca da alian­ça) deveria ser carregada nos ombros dos homens, não em plataformas ou dispositivos feitos pelas mãos do homem.
A primeira tentativa de Davi de carregar a arca da pre­sença de Deus em Jerusalém falhou, pois ele tentou carre­gar a glória de Deus em uma carroça nova conduzida por bois. Sua segunda tentativa foi bem-sucedida, pois usou os ombros consagrados de homens ungidos para carregar a arca da presença de Deus no lugar santo que ele havia preparado anteriormente.
Ainda tentamos carregar a glória de Deus nos "carros de boi" de nossos programas feitos e dirigidos por homem ou fórmulas evangelísticas. Nós as preferimos porque são mais fáceis, mais previsíveis e mais leves para a carne que domina mui­tos de nossos cultos.
A verdade é que a presença de Deus vem nos ombros de homens e mulheres, e sempre foi assim. Um programa nunca vai trazer a presen­ça de Deus para dentro de uma igreja. Conforme mencionei em meu livro sobre adoração, God's Favorite House:
 Quando a carne de nossa hu­manidade se torna preguiçosa, ten­tamos importar ou carregar as coi­sas de Deus usando métodos que não exigem esforço. Tudo isso para que possamos andar ao lado delas e nos emocionar­mos por "transportarmos a glória". A verdade é que não queremos nem suar.
Você está disposto a pagar o preço da presença de Deus?
O próprio Jesus nos ensinou a fazer exatamente o opos­to. Ele veio à Terra como um servo que não tinha nenhuma fama. Se você não acredita que o suor tem valor, imagine Jesus suando no jardim do Getsêmani... As coisas aconte­cem quando a sua pele transpira pela sede do Pai.5
 Todas as adorações bíblicas, especialmente no Antigo Tes­tamento, eram caracterizadas por um sacrifício. Antes de o Fi­lho de Deus invadir o nosso mundo e verter o seu sangue para pagar a nossa liberdade, somente o sangue de animais poderia permitir que os homens fossem levados para perto da presença de Deus. Agora, pelo sangue de Cristo, podemos ir até o Se­nhor e oferecer-lhe o sacrifício de louvor e nos oferecer em sacrifício vivoDeus supriu para nós, mas a nossa obrigação de apresentar algo para Ele nos une tanto quanto sempre o fez.
Se você aprender como carregar o fogo da adoração, Deus vai suprir sobrenaturalmente e fará coisas que você nem pode imaginar. Muito tempo atrás, Abraão ouviu e obedeceu o man­damento de Deus de levar Isaque, seu filho da promessa nasci­do de forma miraculosa, para uma montanha na terra de Moriá. Ele falou aos seus servos:
— Meu filho e eu vamos adorar. Então, Isaque disse:
— Pai, nós temos o fogo. Onde está o sacrifício? Abraão cuidadosamente respondeu por meio de fé:
— Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho.
Quando os dois adoradores ofereceram o sacrifício defini­tivo de louvor e adoração, Deus os encontrou no altar e se revelou a eles como Jehovah Jireh, "O Senhor proverá". Se você pretende buscar a habitação santa, em vez da visitação, apren­da como caminhar cuidadosamente enquanto carrega o depósi­to divino a cada dia.
A única maneira de a presença de Deus irromper sobre uma cidade e regiões inteiras é se seu povo aprender como dar boas-vindas a sua presença com eterna sede por Ele e carregá-la. Esse tipo de sede queima de forma tão brilhante, que não dá lugar para "a estima das pessoas" ou planos pessoais. Rótulos e jargões religiosos caem e perdem seu poder de calor. A única coisa que a sede irá reconhecer será a Fonte de sua satisfação.
Eu tenho um sonho recorrente de que, em algum domingo de manhã, a fome do povo de Deus vai atingir tamanhos níveis de intensidade que criará a habitação do Espírito Santo. Na­quela manhã, todos os gerentes de restaurantes na cidade vão se perguntar:
— Onde está a multidão do domingo de manhã? Toda esta comida vai estragar.
As horas se passam e nenhum batista, metodista, presbiteriano, assembleiano ou pentecostal aparece no res­taurante. Por quê? A glória de Deus rompeu sobre a cidade e as visitas se transformaram em habitação. Todos estão tão ocupados jantando na mesa da presença de Deus que ninguém nem pensa em se deter em uma mesa natural de jantar. O que aconteceria se a glória de Deus rompesse so­bre uma cidade ou região inteira? Pense nos efeitos de lon­go alcance que isso teria nas pessoas que moram ali.
Você está disposto a se colocar na brecha até que Deus apareça inesperadamente sobre a sua cidade? Você adoraria na zona de pranto entre o pórtico do homem e o altar de Deus? Com uma mão estendida para o céu em adoração, você estenderia a outra em intercessão, com compaixão pelas pessoas em sua cidade? Algumas pessoas assumem automaticamente que "esta coisa de Caçadores de Deus" tem a ver com a busca egoísta e é só mais um "modismo religioso". Não, isso tem a ver com Deus e seus propósitos, não conosco.
 Você nunca sairá o mesmo da presença de Deus
Deus pode permitir que o "descubramos", mas nunca deixará que saiamos da presença dele inalterados. A sua glória muda e transforma os mortais. De alguma forma, nós saímos desses encontros mais harmonizados com o seu amor compassivo pe­los perdidos e feridos ao nosso redor. Em vez de nos dirigir para nós mesmos, a sua presença manifesta sempre volta os nossos olhos para os outros. Ela nos conduz além das quatro paredes de nossas salas de reuniões para buscar e salvar o perdido.
Infelizmente, a visitação de Deus raramente se transfor­ma em habitação por causa de nossa tendência humana de imediatamente tirar nosso foco de sua face e nos concentrar­mos nos "bons sentimentos" que a presença dele cria em nosso corpo e em nossa alma. Esses benefícios secundários são maravilhosos, mas devemos manter o nosso foco central em Deus, e não nos agradáveis efeitos colaterais da presença dele.

Dizemos uns aos outros: "Deus está aqui! Ele está nos visitando de novo".
Nossos cantores se regozijam e a banda acompanha o ritmo, mas ra­pidamente isso escapa de nós, pois não sabemos o que Ele está procurando. Muitos que experimentaram visitas de Deus perguntam: "Por que Ele não fica? Nós lhe imploramos que ficasse. Por que não conseguimos reter esses momentos?"
A resposta é simples: Não cons­truímos um propiciatório para conter a glória de Deus. Não há nenhum lugar onde Ele possa sentar-se! O que é confortável para você e para mim não é confortável para o kabod, o poder de Deus. Ficamos con­tentes em nos sentarmos em nossas confortáveis poltronas espirituais reclináveis o dia todo, mas o lugar de Deus, o propiciatório, é um pouco diferente. É o único lugar na Terra que pode suportar o peso de sua glória e compeli-lo a entrar e a permanecer.
 Sei de muitas cidades onde a medida da glória dele fez uma visita, e um grande avivamento apareceu inesperadamen­te. Milhares de pessoas receberam a Cristo como Senhor e Salvador nessas cidades. Muitas dessas visitas começaram durante um busca interdenominacional da presença de Deus, com várias congregações e pastores trabalhando juntos e pró­ximos, com uma só mente e em harmonia. Mais tarde, quan­do a visitação começou a parecer cada vez mais com habita­ção, as diferenças interdenominacionais se transformaram em conflito e angustiaram o Espírito Santo.
Sempre que Deus o visita com um milagre, um transbordamento de seu Espírito, ou as primícias do avivamento ver­dadeiro, o inimigo virá e tentará roubar a promessa e destruir o depósito que o Senhor deu a você. Uma mulher nos dias do profeta Eliseu descobriu esse padrão desagradável, mas sua preparação cuidadosa a fez enfrentar o ataque do inimigo de cabeça erguida. A chave é que ela deu espaço para a presença de Deus antecipadamente. O exemplo dela oferece pistas para as nossas preparações para a habitação de Deus e a tentativa do inimigo de matar ou roubar o depósito divino de Deus.
Esta mulher estava indo muito bem em termos de dinhei­ro, prestígio e importância em seus círculos sociais. A Bíblia a chama de "grande" mulher ou "notável". Ela se deu conta de que aquele homem careca de aparência estranha que pas­sava regularmente por sua casa era um profeta — talvez o único profeta que andou com poder verdadeiro nos dias dela. En­tão, na próxima vez que ela viu a Eliseu, o persuadiu a parar em sua casa e comer algo.
Depois daquela primeira visita, ela imediatamente conversou com seu ma­rido e chamou os carpinteiros e pe­dreiros e pediu algumas mobílias. Ela queria que aquelas visitas se tornas­sem em habitação, e nenhum esforço seria grande ou caro demais. Quando o profeta apareceu de novo, ela lhe mostrou a sala que havia preparado. Ele decidiu aceitar a oferta de hospita­lidade dela. A próxima coisa que ela soube foi que aquele que havia sido tão abençoado pelas preparações dela anunciou que estava pronto a abençoá-la! (E assim que as coisas funcionam no reino de Deus, mas algumas vezes somos lentos para compreende).
Essa mulher tinha discernimento o bastante para perceber a missão consagrada e chamar a Eliseu. Ela possuía sabedoria para querer mais da santa visita, e tinha determinação o bastante para seguir com o seu plano de entreter a presença profética. Ela sabia como "descobrir" a Deus em suas promessas.
Contudo ela estava totalmente despreparada para o nível de bênçãos e contentamento indescritível que iria receber por causa de sua preparação para a visita. Eliseu disse ao seu assistente para falar com a mulher, que havia dado um espaço para o presente de Deus, para que descobrisse o que poderia fazer por ela. Ela não esta­va mais interessada nos favores de homens ou governantes; aquela mulher estéril queria somente aquilo que Deus pudesse dar a ela: um filho em sua idade avançada. Eliseu pediu que o seu assistente chamasse a mulher para dentro do aposento que havia preparado:
 Então Eliseu mandou chamá-la de novo. Geazi a cha­mou, e ela veio até a porta e ele disse: "Por volta desta épo­ca, no ano que vem, você estará com um filho nos braços". Ela contestou: "Não, meu senhor. Não iludas a tua serva, ó homem de Deus!" Mas, como Eliseu lhe dissera, a mulher engravidou e, no ano seguinte, por volta daquela mesma época, deu à luz um filho.
 Você preparou um lugar para Jesus?
Você consideraria reformar a sua casa para acomodar a Deus? Por que não? Ele "reformou" a sua casa, derrubando a parede intermediária de separação para acomodar você e euVocê tem de preparar um lugar para o Senhor, caso você queira que o visitar se transforme em habitar. Quantas vezes Ele veio visi­tar e descobriu que não havia trono de louvor no qual poderia descansar? Não havia nenhum travesseiro de adoração no qual pudesse repousar a cabeça onipotente. "As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos." Você preparou um lugar para Jesus?
A mulher sunamita estava para descobrir um outro benefí­cio em reservar um lugar para Deus. Quando um dia de prova­ção e tribulação viesse, aquele aposento que ela havia prepara­do para a visita santa iria se tornar um aposento de intervenção onipotente. A cama que ela havia preparado para dar descanso ao seu visitante iria se tornar a cama de esperança e libertação, onde poderia repousar os problemas mais difíceis da vida. Você faz a cama, mas seja cuidadoso. Pode ser que você tenha que deitar nela! Muitos anos depois, o filho da promessa dessa mulher caiu no campo, sob a dor de uma hemorragia cerebral, derrame ou ataque de algum tipo.
Sua promessa divina de Deus caiu morta em um campo de sonhos? A sua esperança de um milagre está se prolongando entre um estado de coma e uma sepultura de circunstâncias adversas? Você viu os filhos que Deus lhe deu escaparem para o pecado, a rebelião ou más companhias enquanto o seu cora­ção se quebrava pela centésima vez?
Já é tempo de repousar as coisas quebradas, arruinadas e moribundas de sua vida na cama da adoração, no quarto do louvor que você preparou para Ele. Nada acaba enquanto Deus não diz que acabou. Em sua crise, essa mãe trans­tornada não correu em direção aos li­deres da cidade. Ela se apressou em cair de joelhos e lembrar a Deus de suas promessas. Ele enviou o seu profeta com uma resposta sobrenatural:
 Quando Eliseu chegou à casa, lá estava o menino, morto, estendido na cama. Ele entrou, fechou a porta e orou ao Senhor. Então, deitou-se sobre o menino, boca a boca, olhos com olhos, mãos com mãos. Enquanto se debru­çava sobre ele, o corpo do menino foi se aquecendo. Eliseu levantou-se e começou a andar pelo quarto; depois subiu na cama e debruçou-se mais uma vez sobre ele. O menino espirrou sete vezes e abriu os olhos. Eliseu chamou Geazi e o mandou chamar a sunamita. E ele obedeceu. Quando ela chegou, Eliseu disse: "Pegue seu filho". Ela entrou, prostrou-se a seus pés, curvando-se até o chão. Então pegou o filho e saiu.
 Você tem um lugar de visitação onde você pode repousar suas visões e esperança que estão mortas ou moribundas? Co­mece a se preparar agora para a habitação, antes mesmo dele aparecer. Você tem de criar o espaço vazio e mobiliá-lo com a sua sede, sua adoração e o seu louvor. Diga a si mesmo: "Eu tenho a promessa de sua palavra. Bem-aventurados os pobres em espí­rito, pois deles é o Reino dos céus... Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfei­tos'Tu visitaste uma vez, então eu sei que voltarás de novo. Da próxima vez que apareceres, eu vou estar pron­to para ti. Sou grato por aquilo que fizestes. Senhor, mas quero ver o que podes fazer. Eu desejo não só uma vi­sita, mas santa habitação". Deus está para dizer a alguém: "Pegue seu filho. Venha pegar a sua filha!"
 O que Ele vai descobrir da próxima vez que visitá-lo?
O senhor está pronto para a visita dele, pastor? O senhor se preparou para a vinda daquele por quem havia pedido? A senhora se preparou para a presença dele, mãe? Deus o visi­tou antes e vai voltar — prepare tudo para o Rei da glória. Da próxima vez que Ele vier visitar, vai descobrir o espaço vazio da sede e desejo que você fez só para Ele?
Eu fui a muitos lugares históricos visitados por Deus. Satanás sempre tenta roubar o depósito divino. Em muitos daqueles lugares, um remanescente sedento está preparando com cuidado um lugar sem qualquer programação a não ser sua sede bruta e desespero por Deus. Eles querem o seu depósito fresco, estão caminhando com cuidado e crêem pela fé que o Senhor vai cruzar o caminho deles de novo. Eles estão certos; Deus irá.
Parte do "carregar" a glória significa estar disposto a li­bertar-se de outras coisas que podemos pensar serem neces­sárias. Quando a minha filha fez a sua primeira tentativa de carregar a xícara de café quente pela sala, teria sido impru­dente da minha parte dizer: "Ah, a propósito, querida, pegue um pouco de creme, e traga um pouco de torradas para mim também".
Se ela já estivesse carregando um pedaço de torrada em sua mão, seria sábio que continuasse segurando aquela tor­rada enquanto tentasse carregar o café pela primeira vez com a outra mão trêmula? Absolutamente não. Seriam "ambas as mãos ou nenhuma" para ela naquele dia. Deus diz o mesmo para nós quando o assunto é como nós lida­mos com a sua glória e recebemos a sua presença. Ele espe­ra que coloquemos as mãos no arado ou que nem mesmo façamos a tentativa.' A única forma de podermos carregar de maneira apropriada a plena medida do "café quente de Deus" é deixar de lado tudo aquilo que Ele colocou em suas mãos de início. Como meu pai escreveu certo dia:
 Você não é um soldado de verdade até que tenha su­portado a dor, a disciplina, o quebrantamento e a recons­trução que acontece no acampamento da renúncia...
Qualquer um que almeje a liderança no reino de Deus deve aprender como abrir mão da "estabilidade" do homem e abraçar a mudança de Deus, pois Ele está constantemente transformando o seu povo para prepará-los para a grande ceia do casamento do Cordeiro. Isso significa que as mu­danças serão os nossos companheiros constantes. Onde há mudança, deve haver renúncia.
 A que nós teríamos de renunciar ou abrir mão para carre­gar ou receber a presença de Deus? A resposta é tudo aquilo que tire o nosso foco dele. Algumas das piores mágoas que aparecem em conversas com pastores ao redor do mundo inclu­em tradições religiosas, padrões rígidos de adoração congregacional ou denominacional, hábitos pessoais ou prefe­rências e programas planejados por pessoas ou organizações.
 Ele ainda é o Deus que se move entre nós como o vento
Deus nunca se estabeleceu por muito tempo em lugares rígidos e determinados ou em modelos de adoração. Na época em que Jesus entrou em Jerusalém em um burro, os judeus continua­vam com as tradições de adoração de seus pais, embora sou­bessem muito bem que o Santo dos Santos estava vazio. A arca da aliança havia se perdido gerações antes. Ele ainda é o Deus que se move como o vento entre o seu povo.
Se quisermos que a presença manifesta de Deus permane­ça entre nós, devemos estar dispostos a mudar e a renunciar ao controle em todas as suas formas. Precisamos de um milagre de Deus para nos libertar de nosso apego as nossas famílias e irmãos. Que assim seja. A outra alternativa é seguir o modelo dos fariseus e saduceus que se reuniam nos Sabhath para ado­rar e reverenciar um aposento vazio enquanto viravam as cos­tas para o Senhor do Sabbath. Quem quer passar a vida ado­rando o deus do controle e manipulação auto-fabricado em nome da "estabilidade"?
Já é difícil para uma pessoa caminhar em um aposento desarrumado carregando uma xícara de café quente. O proble­ma parece explodir exponencialmente se você pede que um grupo de pessoas transporte aquela xícara de café com segu­rança pelo campo minado de brinquedos, revistas, mobília e animais de estimação adormecidos. Ainda assim, isso é exata­mente o que Deus pediu que fizéssemos juntos à medida que o buscamos e, simultaneamente, passamos pelos trabalhos do inimigo e os destruímos. Embora pareça difícil, as possibilida­des são infinitas: "Se Deus pudesse encontrar... pessoas na igreja que se unissem, a quantidade de poder que Ele concede­ria a elas para dispersar poderes demoníacos seria diretamente proporcional a unidade que pudessem alcançar. Deus deixou claro que prefere vir em resposta aos clamo­res de dois ou mais adoradores. Ele também disse que seus discípulos, (Jesus nunca recrutou "membros da igreja" ou "esquentadores de bancos de igreja") seriam conhecidos pelo seu amor uns pelos outros. Isso significa que, quer gostemos ou não, devemos aprender a andar em amor e unidade. Essa é a única maneira de algum dia vermos Deus "aparecendo ines­peradamente" sobre as nossas cidades e nação. Isso é estar "com as duas mãos na xícara"!
Muitas pessoas pagaram um alto preço por se torna­rem Caçadoras de Deus, pois o seu zelo pelo Senhor foi mal compreendido por outros na liderança ou no corpo de sua igreja local. Algumas dessas pessoas tinham papéis de lide­rança no mecanismo do homem, mas quando abraçaram a pre­sença de Deus, foram finalmente empurradas para fora do abraço de seus irmãos inflexíveis. Fico feliz em dizer que nem sempre este é o caso. Deus está fazendo a sua opinião ser conhecida: Ele quer que façamos uma escolha entre a aprovação do ho­mem e a sua aprovação, entre o caminho do homem e o seu caminho. Isso não é uma escolha fácil, e se for possível, deve­mos fazer tudo "para viver em paz com todos".
O Espírito de Deus trabalha constantemente em nós para nos levar para mais perto do Pai e nos puxar para longe de nossos caminhos confortáveis da religião que agradam a carne. Cada corpo organizado da igreja tem os próprios pontos fortes e fracos, e cada um de nós deve lutar batalhas individuais com os nossos desejos pelo conforto e a estabilidade da previsibilidade versus a nossa sede pela presença do eterno Deus.
Você está lendo este livro, pois há algo em você que está determinado a caçar Deus a qualquer custo. Se você já o "des­cobriu" pelo menos uma vez em sua vida, então vai fazer tudo o que puder para alcançá-lo de novo e evitar perder o depósito fresco confiado aos seus cuidados. Certa vez, um dos "incendi­ários do Espírito Santo" que ajudou a acender o avivamento dos Hebrides disse:
"Se você já o descobriu... nunca, nunca mais o solte!"
Espere...
 Pai, sou digno de compaixão. Estou ficando sem pala­vras, e não sei como fazer aquilo que me chamaste para fazer.
Espírito Santo, sei que há um lugar em tua presença que muda a nossa vida. Uma vez que te encontrarmos, nun­ca mais seremos os mesmos.
Clamamos por santa habitação. Unimos nossos cla­mores apaixonados ao de Moisés: "Por favor, mostra-nos a tua face".
Somos apaixonados por uma coisa — por ti. Coloca fogo em nosso coração sedento; faz-nos miseravelmente deses­perados por mais. Coloca a tua brasa de sede e santidade em nossa língua e em nosso coração. Ansiamos por ti.
Deixe que o teu fogo arda em nossas igrejas; deixe o fogo de sua labareda entrar em nossos lares. Não é um ho­mem que nós queremos; queremos a ti, Senhor. Mostra-nos a tua face, Deus.
 Esta primeira tentativa de carregar a ardente paixão dele em seu coração foi lenta e cuidadosa, mas seja sensível e pode­rá quase sentir a presença dele onde quer que seja e em qual­quer momento. "Pratique a presença dele", conforme disse o Irmão Lawrence por volta de 1500... e não deixe o café derra­mar.
do livro:Os Descobridores de Deus
autor:Tommy Tenney

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NADA DE PALAVRÕES E OFENSAS

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